JOSÉ GALISSÁ
MÚSICA DA
GUINÉ-BISSAU
As Histórias, Canções e Danças da Guiné Bissau, em língua Mandinga, em Crioulo e em Português tocadas por um Mestre na arte do Korá, o instrumento de 21 cordas que se aprende nas famílias de músicos da Guiné, do Senegal e do Mali na África Ocidental.
O Músico
José Braima Galissá
Nasceu em 1964 em Gabú no Leste da Guiné-Bissau, capital do antigo Império de Gabú, no seio de uma família Mandinga, uma das etnias do país. Galissa é o nome de uma família de djidius que tocam Hora. Além dos Galissa há os Diabaté, os Kouyaté e os Sissokhos. Foi compositor do Ballet Nacional da Guiné-Bissau, responsável Instrumental do mini Ballet Nacional e professor de Koáa na Escola Nacional de Música José Carlos Schwarz durante 11 anos. Reside em Portugal desde 1998 onde divulga a cultura musical Mandinga que teme entre os seus mais importantes representantes músicos como Salif Keita e Mory Kante. Começou a aprender o Korá com 5 anos de idade pela mão do seu pai, Abudu Galissá, na sua região natal (Gabú) e em meados de 1979 iniciou a sua carreira com os pioneiros “Abel Djassi”. Com eles participou em acampamentos da juventude na Guiné e no estrangeiro. Nesses eventos realizavam-se intercâmbios culturais com jovens de Cabo-Verde, Senegal, Guiné-Conacri e até com jovens de Portugal e de outros países europeus. Em 1988 esteve em Portugal onde participou no FITEI, e no ano seguinte na antiga FIL. Em 1997 participou no encontro ” Cena Lusófona” em Évora. Em Portugal tem feito concertos a convite de Câmaras do interior do país. Realizou vários cursos para alunos da Escola Superior de Educação de Lisboa e da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa sobre a música, literatura africana, cultura guineense e sessões musicais para crianças do 1º e 2º ciclo do ensino básico. Em 1999 trabalhou com o Teatro São João do Porto e no ano em que Coimbra foi a capital da cultura, foi contratado pela companhia de teatro Tetrão. Realizou concertos com o músico português Gil Nave, em Évora, Bejo, Guarda, Covilhã, Famalicão, Proença a Nova, Caldas da Rainha e Alpedrinha. Participou em programas de rádio e televisão, nomeadamente na Antena 2, RTP Internacional, Rádio Renascença, RTA (Rádio Televisão de Angola, no programa Kandando) e RDP África. Participou em concertos realizados por iniciativa da EXPO98, e Porto 2001, e em trabalhos discográficos de João Afonso, Amélia Muje, Herménio Meno, na colectânea “Mon na Montanha”, Blasted Mechanism, Chac, Sara Tavares e outros artistas guineenses…
KORÁ
O Korá na língua Mandinga significa o “Instrumento que abrange tudo”. É considerado um instrumento musical sagrado, que se toca em ocasiões solenes, nas festas de casamento, batizados ou se circuncisçao, encontros de sábios (isto é, intérpretes da lei corânica). O tocador de Korá teve um papel importante nas guerras do Reino Mandinga pelo encorajamento dos guerreiros antes uma batalha ou, depois, para cantar as vitórias quando o Mansá (Rei) se deslocava dentro dos seus territórios. Tocar Korá junto dos agricultores nos campos de lavoura ou durante as colheitas por Djidius (músicos em crioulo). Pensa-se que o Korá, tal como o conhecemos hoje, surgiu no século XIII.
A pedagogia tradicional era muito exigente. Primeiro o aprendiz tinha que saber ouvir o ritmo, conhecer o fraseado da música para depois inciar a prática instrumental e vocal. Seguir vinha a afinação do instrumento e para finalizar, a aprendizagem da sua construção e manutenção. A conclusão dessas etapas decorriam ao longo de doze anos. Para se ser um tocador de Kora, o músico recebe profunda formação em história Mandinga, história geral das outras nações africanas e os seus ritmos, historial genealógico dos Mansás (Reis), linguística, relações internacionais (nomeadamente, mediações interétinicas, assessores públicos, conselheiros estatais, mediadores…). Toda essa formação, conjuntamente com formação musical dura 15 anos em média. Além da educação musical é preciso ter um elevado sentido ético para ser no futuro um profissional. O tocador de Korá deve amar o instrumento, amar e respeitar as pessoas, ser solidário e ser sincero.
A pedagogia tradicional era muito exigente. Primeiro o aprendiz tinha que saber ouvir o ritmo, conhecer o fraseado da música para depois inciar a prática instrumental e vocal. Seguir vinha a afinação do instrumento e para finalizar, a aprendizagem da sua construção e manutenção. A conclusão dessas etapas decorriam ao longo de doze anos. Para se ser um tocador de Kora, o músico recebe profunda formação em história Mandinga, história geral das outras nações africanas e os seus ritmos, historial genealógico dos Mansás (Reis), linguística, relações internacionais (nomeadamente, mediações interétinicas, assessores públicos, conselheiros estatais, mediadores…). Toda essa formação, conjuntamente com formação musical dura 15 anos em média. Além da educação musical é preciso ter um elevado sentido ético para ser no futuro um profissional. O tocador de Korá deve amar o instrumento, amar e respeitar as pessoas, ser solidário e ser sincero.
RECITAL DE PIANO E VIOLONCELO
Obras de:
Beethoven
Debussy
Dvorak
Saint Saens
Schumann
Vivaldi
Webern
Os Músicos
João Carvalho Aboim
Iniciou os seus estudos musicais aos 6 anos de idade. Aos 10 anos de idade obteve o 1º Prémio de Piano da Juventude Musical Portuguesa e iniciou contactos com a pianista Maria João Pires, que passou a ser a sua orientadora musical. Em 1995, concorreu como representante português ao “Prémio Mozart” em viena de Áustria, no qual foi laureado com o 2º Prémio. Em 2002, participou no projetos Belgais – Centro para o Estudo de Artes. Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, terminou a sua Licenciatura no Royal College of Music (Londres) nas classes se piano dos professores Irina Zaritskaya e Andrew Ball. Atualmente, frequenta o Mestrado em Performance na universidade de Aveiro, sob a orientação de Pedro Burmester. Enquanto Solista, tem actuado no país e no estrangeiro com as principais orquestras nacionais, destacando-se apresentações com a Orquestra Gulbenkian, com a Orquestra Nacional do Porto e com a Orquestra Metropolitana de Lisboa. No cinema, participou como ator no filme “Adeus, Pai” e como músico no filme “Camarate”, do realizador Luís Filipe Rocha. No teatro, trabalho com os Artistas Unidos nos ensaios da peça “As Canções do pobre B.B.” de Jorge Silva Melo; foi criador musical e intérprete na peça “Entre o Dia e a Noite” de Adriana Aboim, no Teatro Taborda; a participou como ator e pianista na ópera “D.Quixote”, encenada por João Brites e levada à cena pelo grupo de teatro O Bando, no Teatro da Trindade, em Lisboa.
Ricardo Mota
Iniciou os seus estudos musicais aos 7 anos na classe de violoncelo da Professora Catarina Anacleto e, três anos mais tarde. do Professor Andrzej Michalczyk. Prosseguiu a sua formação com o Professor Luís Sá Pessoa na Escola de Música do Conservatório Nacional e, mais tarde, foi admitido no Conservatório de Zwolle (Holanda), na classe do Professor Jeoreon Reuling. É violoncelista e membro fundador do Quarteto de Cordas “São Roque”. Integrou, como membro efetivo, a Orquestra Sinfónica Juvenil. Colaborou com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Metropolitana, Sinfonia B e SInfonietta de Lisboa. Em 2008, iniciou em Chicago a formação de Professor do Método Suzuki com Tanya Carey. É membro da SAA (Suzuki Association of the Americans). Em 2009, concluiu a Licenciatura em Violoncelo na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe da Professora Clélia Vital. Atualmente, encontra-se a concluir o Mestrado em Pedagogia do Instrumento na Metropolitana/Universidade Lusíada, onde trabalho sob a orientação do Professor Paulo Gaio Lima.
A TRISTE VIDA DE JOSEFINE
Uma Viagem pela vida Lírico-Cómica de uma criatura enfeitiçada pelo cupido.
"O amor é um pássaro rebelde que ninguém pode aprisionar..."
Tradução habanera de Carmen de Georges Bizet
Uma cantora de nome Josefine vem acompanhada pelas lembranças do tempo em que era viva. Ela canta as histórias dos seus amores e desamores. E nem o Santo António lhe vale! Josefine vem de todo o lado e de lado nenhum, pois está prisioneira deste mundo se que possa descansar em paz, nem no mundo dos mortos nem no mundo dos vivos. Ela não fala em português, seu idioma tem as raízes de todos os cantos do mundo. As pessoas com quem se cruza ajudam-na. Lêem breves cartas em português partilhando com o restante público os diferentes episódios da sua vida. Josefine perdeu o seu amado na noite de núpcias e o Cupido lançou-lhe um feitiço: Dançar a última ária e procurar nos olhos dos seus pares o seu amado, pois o Amor é livre como um pássaro e não se pode aprisionar.
O Músico
Susana Quaresma
Licenciada em Arquitetura pela FAUTL em 2001, inicia os seus estudos em Canto Lírico com Rute Dutra e Ana Paula Russo, em 2005, na Escola de Música do Conservatório Nacional onde participa em workshops temáticos de interpretação de Lied e Ópera. Foi bolseira da Fundação Rotária em 2012. Pós Graduada em Teatro e Música na Escola Superior de Teatro e Cinema, desenvolve projetos no âmbito da música tradicional portuguesa com Maria Repas Gonçalves e José Pedro Caiado, e com o grupo de pesquisa vocal Vocal Touch orientado por Sara Belo. Em 2004 inicia os seus estudos teatrais com Claudio Hochman com quem participa em diversas produções em várias salas do país. Realiza os Cursos de Formação de Atores da InImpetus e da Act – Escola de Atores. Com o grupo de teatro Rastilho tem participado como atriz e tem realizado a Direção Musical e Vocal de vários produções, chegando a ganhar o prémio FATAL. Participou como solista na Ópera de Ravel L’Enfant et ler Sortiléges em 2011, no Teatro Nacional de S. Carlos. Integra os ensambles Les Secrets das Roys e D’Homini Plus de cariz Barroca e Renascentista e é membro fundador do Coro do Tejo. Atualmente desenvolve o seu trabalho de músico com crianças e bebés e é criadora e intérprete de performance líricas de divulgação da ópera no ensino primário.
CONCERTO PARA BOMBO E CAIXA DE RUFO
Obras de:
Maria do Ó
Mustafa el Iraki
Rui Júnior
O Concerto para Bombo e Caixa de Rufo tem como elementos centrais o bombo e a percussão tradicional usando 1 caixa de rufo e 1 “set” (conjunto de vários instrumentos) de bombos e timbalões portugueses.
Tem um balanço vincadamente tradicional mas aproxima-se dos procedimentos e referências da música erudita. É interpretado por Rui Júnior e Maria do Ó.
Os Músicos
Rui Junior
Com uma longa e importante carreira enquanto músico profissional é considerado um dos melhores percussionistas portugueses, dono de uma linguagem musical própria e um desempenho invulgar enquanto performer. Acompanhou espetáculos e participou em diversas obras discográficas de artistas Portugueses como Júlio Pereira, Fausto, José Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Janita Salomé, Vitorino, Rão Kyao, Jorge Palma, António Pinho Vargas, Amélia Muge, João Afonso, Carlos Barretto entre muitos outros. Em 1996, fundou o Tocador Rufar do qual é diretor, enriquecendo e consolidando o seu legado artístico com um reconhecido projeto de formação artística e cultural e com uma importante vertente social.
Maria do Ó
É licenciada em Teatro e Educação pela Escola Superior de Teatro e Cinema onde desenvolveu um estudo sobre a transformação dos espaços da educação formal em espaços performativos. Enquanto intérprete de teatro especializou-se em teatro a partir do movimento tendo estudado em Paris, no Théâtre de Mouvement com Yves Marc e Claire Heggen. Ingressou na Orquestra Tocá Rufar em 1998 e foi aluna de percussão de Rui Júnior. Estuda percussão clássica no Conservatório Metropolitano de Lisboa com o professor Marco Fernandes.