PARTICULAE

Particulae é uma peça sobre mutações e transformações no corpo, através das projeções do vídeo nos corpos, isto é o corpo vai sendo de alguma forma manipulado pelo filme de animação. Nos corpos é projetada todo um universo que remete para partículas, átomos… Corpos que se fundem e multiplicam. Podemos considerar que há aqui uma visão microscópica do universo.
 
Partilhamos das palavras de Pae White quando diz: “Gosto da ideia de que tudo que há no mundo tem a possibilidade de ser reintroduzido como uma peça de arte, mesmo que seja apenas um motivo”
 
É objetivo desta criação explorar um diálogo entre a Dança e a Ciência com recurso às novas tecnologias, neste caso, com o cinema de animação concretizado através de um vídeo; o corpo que dança estabelece relações com  a tecnologia, podendo possibilitar múltiplas relações. O tema é abordado de uma forma abstrata e transversal e mostra-se atual e questionado, no universo das práticas artísticas e corporais. Perceber como a dança com a ciência e as novas tecnologias possibilita novas abordagens não sí na própria arte, como também nas fronteiras que se  estabelecem entre estas temáticas (dança, ciência, tecnologia). Na sociedade contemporânea, estes territórios cruzam-se constantemente através da exploração de conceitos como: caos, o belo, a proporção, a forma, a simetria, o espaço, o ritmo , o fluxo, a (das) continuidade,e entre tantos outros.

A motivação e o desafio prendem-se com o trabalho de pesquisa e articulação da dança com o cinema de animação num contexto contemporânea produto de uma imagem atual, mantendo a linha estética, e a assinatura da peça A Fábrica estreada no Festival Monstra em 2011 e a Fábrica parte 2 que abriu o festival Monstra em 2012.

A Artista

Marina Frangioia

Tem o curso de dança do Conservatório Nacional e o Mestrado na Especialidade em criação coreográfica Contemporânea da Escola Superior de Dança. Foi bailarina, e é coreógrafa e professora de dança há 20 anos. Trabalha regularmente com bailarinos, atores e populações especiais (crianças, adolescentes e idosos) em projetos de pesquisa de movimento contemporâneo. Coreografou para palco, moda. Trabalhou em televisão (Operação Triunfo e Achas que sabes dançar). Destaque para a peça A Cidade, apresentado nas Docas e na Fábrica Braço de Prata, A Fábrica (cruzamento com cinema de Animação), apresentado no Festival A Monstra em 2010 e 2011. Presentemente é diretora artística do palco de Street Dance do Rock in Rio Lisboa, professora em diversos colégios e instituições como  a Junta de Freguesia de Alcântara no âmbito do Projeto intervir, a Universidade Sénior, o Colégio As Descobertas, a Escola 24 do Bairro de São Miguel, o Externato Pim Pam Pum e a Escola Fonseca Benevides, Criou o Projeto IMMoving, com o acolhimento do Instituto de Medicina Molecular, Este é um projeto de Dança Contemporânea criado e desenvolvido para e com os Cientistas. O IMMoving funciona no edifício Egas Moniz em Lisboa e conta com cerca de 10 cientistas.

DANÇAR
CABO VERDE

Associação de Solidariedade Social Cultural

Danças:
FUNANÁ
MORNA
MAZURCA
BATUCU

O trabalho comunitário da Associação de Solidariedade Social Assomada, com sede em Outurela, Carnaxide, foi reconhecido em Janeiro de 2010 com o Prémio de Responsabilidade Social na I GALA da Associação Mais Portugal Cabo Verde.
Este Organização não governamental (ONG), foi criada há mais de 25 anos, ao serviço da comunidade cabo-verdiana em Outurela, Carnaxide e de outros locais do município de Oeiras, com programa de Andebol Feminino salas de estudo e apoio social.
 

O Artista

Licínio Fernandes

Mais conhecido por “Leno”, começou a dançar aos 10 anos de idade no “Ballet Renato Cardoso”, em Cabo Verde, onde aprendeu a dançar as danaste-te tradicionais de uma forma coreografia. Não mais deixou de dançar e de divulgar essa paixão em espetáculos e Workshops de dança. Autodidacta, tem participação em cursos de dança e realizado muitas ações de formação. Trabalha atualmente com crianças nas escolas do 1º ciclo do EB no programa de Educação pela Arte e com jovens na Associação Assomada, onde é responsável pela área cultural. O “Grupo Cultural Cabo Verde” foi criado há 11 anos com o objetivo de divulgar a cultura africana junto das crianças e dos jovens. O grupo jia fez espetáculos de Norte a Sul de Portugal, e também no estrangeiro. Participou em vários programas televisivos e é reconhecido pela originalidade das suas danças que incluem o FUnaná, umas das mais conhecidas, a Morna, a Mazurca, o Batucu e criações contemporâneas. O grupo trabalha em parecias com a Associação Cabo-Verdiana e com a Associação Assomada.